O nome será praticamente o mesmo, mas a estrutura para os acionistas mudará bastante. Essa é a proposta feita pela Jereissati Participações (JPSA3), controladora da Iguatemi (IGTA3), para unificar a base acionária da holding e da empresa administradora de shopping centers.
Esta é a segunda proposta de reestruturação feita pelas empresas. A diferença está no prêmio oferecido na troca de ações. Em junho, a Jereissati propôs pagar 10% a mais em relação à média do preço de IGTA3 dos últimos 30 dias. Agora, essa proporção passou para 16,4%.
Detalhes da operação
Pela proposta apresentada na noite de ontem, 31, a Jereissati e a Iguatemi Empresa de Shopping Centers vão se tornar, juntas, a Iguatemi S.A.
Para isso, quem tiver uma ação IGTA3 vai receber 0,15964 papel ON e 0,31929 PN da Jereissati, que formarão Units compostas por uma ação ordinária e duas preferenciais da nova empresa.
A Iguatemi S.A. será listada no Nível 1 de Governança Corporativa da B3, mas segundo as empresas, seguirá todos os parâmetros do Novo Mercado, com exceção do veto à negociação de ações PN.
As duas companhias afirmam que o resultado da unificação terá inclusive uma proporção de ações em livre circulação no mercado (free float) de 45%, acima dos 25% exigidos pelas regras do Novo Mercado da B3.
Mas por que fazer essa reorganização?
Segundo a justificativa das empresas, a unificação das bases acionárias pode aumentar a capacidade de investimento e crescimento da Iguatemi, sem elevar o endividamento.
Assim, a nova companhia terá mais caixa para novos projetos ou até mesmo aquisição de ativos estratégicos. Além disso, a operação deve provocar uma redução nas despesas gerais, já que termina com a necessidade de manter duas estruturas separadas para atender os acionistas, por exemplo.
As assembleias de acionistas das duas companhias para deliberar sobre a unificação foi marcada para o dia 1º de outubro.