Um navio porta-contêiner de 400 metros de comprimento e 59 metros de altura encalhou nesta quarta-feira (24) no Canal de Suez, no Egito, uma das principais rotas de abastecimento do mundo.
Com a rota bloqueada pela embarcação, cujo tamanho equivale ao Empire State Building, os contratos futuros de petróleo ganham forçam: os mercados temem atrasos na oferta da commodity.
Por volta das 15h30, o barril de petróleo WTI para maio subia 6%, a US$ 61,26. O Brent avançava na mesma proporção, a US$ 64,45. A divulgação de uma série de índices de atividade (PMIs) europeus acima do esperado também intensifica as negociações.
As ações da Petrobras e as da PetroRio sobem na esteira da escalada da commodity, com o mercado prevendo uma maior receita para as empresas. Por volta das 15h30, PETR4 subia 2,5%, a R$ 23,34, e PRIO3 avançava 4,2%, a R$ 90,71. Veja a cobertura de mercados do Seu Dinheiro.
O que aconteceu
Segundo a Autoridade Egípcia do Canal de Suez (SCA), o incidente foi causado por uma rajada de vento, fenômeno comum na região.
O Canal de Suez é uma abertura construída para conectar os mares Vermelho e Mediterrâneo. A rota, uma das mais movimentadas do mundo, permite a comunicação marítima entre a Europa e a Ásia sem a necessidade de realizar o contorno do continente africano.
O navio porta-contêiner encalhado pertence a japonesa Shoei Kisen e é operada pelo conglomerado taiwanês Evergreen Group. A embarcação viajada da China para o porto de Rotterdam, na Holanda.