Executivos da montadora japonesa Nissan aceleram no planejamento de uma eventual separação da Renault. Os planos incluem uma divisão das áreas de engenharia e manufatura e mudanças no conselho, disse o Financial Times.
A conversa acontece em meio a polêmica envolvendo o ex-executivo da aliança, Carlos Ghosn. O brasileiro foi preso no Japão, mas pagou fiança e aguardava julgamento em uma espécie de prisão domiciliar. No final do mês passado, Ghosn fugiu para o Líbano, acusando executivos da Nissan de um complô contra ele.
A aliança entre as empresas existe há mais de 20 anos e já foi liderada por Ghosn antes de sua prisão. Agora, segundo o Financial Times, a parceria com a Renault se tornou "tóxica" - muitos executivos da Nissan dizem acreditar que a empresa francesa põe para baixo o grupo japonês.
A separação poderia levar as empresas a procurarem novos parceiros, em um contexto de queda de vendas, ainda segundo a publicação, que cita também o aumento de custos e mais competitividade. Nissan e Renault não comentaram a reportagem.