O balanço do 3º trimestre do Twitter desceu quadrado para os investidores em Nova York. A ação da rede social despenca mais de 20% nesta quinta-feira (24), um dia após números decepcionantes da empresa virem à público.
A reação bastante negativa dos investidores se fundamentou nas principais métricas financeiras do Twitter, que vieram todas abaixo das expectativas. O lucro operacional, por exemplo, fechou setembro em US$ 44,1 milhões, uma queda de 52% na comparação anual.
Já a receita, apesar de subir 9% em relação ao ano anterior e fechar em US$ 823,7 milhões, não mostrou a mesma força dos trimestres passados, quando alcançava quase 30% de alta.
No quesito publicidade, a receita da empresa cresceu 8% e alcançou os US$ 702 milhões. O desempenho, também abaixo do esperado, foi impactado pelas vendas de publicidade nos EUA, que cresceram apenas 11% (um forte tombo se compararmos ao crescimento de 32% alcançado no terceiro trimestre de 2018. Também pesa no balanço o aumento de 17% nos seus custos operacionais.
Confira os principais números do Twitter:
- Receita: alta de 9% ano a ano, para US$ 824 milhões (analistas locais uma média de US$ 873,9 milhões)
- Lucro operacional: US$ 44,1 milhões - queda de 52% ano a ano
- Lucro por ação: US$ 0,05, abaixo dos US $ 0,14 do ano passado e dos US$ 0,20 projetados pelos analistas
- Média de usuários diários: 145 milhões - alta 17% em relação ao ano passado
Veja bem...
Como justificativa para o desempenho mais fraco, o Twitter apontou um recuo na demanda por publicidade da plataforma, que em julho e agosto já costumam ser mais fracas.
Outro foco de prejuízo foram os problemas técnicos que o Twitter apresentou em seus produtos, entre eles as falhas nas promoções veiculadas nos aplicativos para celulares, o que prejudicou a capacidade da empresa de segmentar anúncios e compartilhar dados de medição e publicidade. Segundo estimativas, essas falhas teriam cortado 3 pontos percentuais na receita trimestral da empresa.
O outro lado da moeda
Ainda que os principais números do balanço tenham decepcionado os investidores, o Twitter tem coisa boa para mostrar. A média diária dos usuários chamados "rentáveis", aqueles perfis autenticados e que pagam por anúncios na rede social, subiu 17% no terceiro trimestre e alcançou 145 milhões.